Uso de LED pode reduzir em 50% o consumo de energia
De acordo com estudo da Abilux, a modernização do sistema de iluminação - público e privado - poderia fazer o consumo de energia cair dos atuais 20% para 10% do total consumido no país, além de trazer redução de custo
- 13/february/2015
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São Paulo - A substituição das lâmpadas de vapor de sódio e fluorescentes pelas que utilizam a tecnologia LED é uma das saídas apontadas pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) para reduzir o consumo de energia em tempos de risco de racionamento. Responsável por 20% de todo o consumo de energia no país, o sistema de iluminação público e privado se tornaria mais eficiente e econômico. Segundo o diretor técnico da Abilux, Isac Roizenblatt, essa troca reduziria pela metade o consumo atual.
“Claro que a troca das lâmpadas não vai evitar um apagão, mas em tempos de estiagem severa, toda ajuda é bem vinda”, diz Roizenblatt. Ele lembra que os reservatórios estão em média com 17% da capacidade total — volume abaixo do verificado durante o racionamento de 2001 — e que as usinas térmicas, projetadas para operar em emergências se tornaram uma opção cotidiana, colocando os geradores sob um estresse para o qual não foram preparados. “Tudo isso torna o apagão cada vez mais real”, diz Roizenblatt.
Os LEDs proporcionam a mesma quantidade de luz e até com mais qualidade. “O entrave continua sendo o preço, muito acima de uma lâmpada tradicional. Mas a economia no longo prazo compensa”, diz o diretor da Abilux.
Para se ter ideia, uma lâmpada LED consome 85% menos energia que as incandescentes, 65% menos do que as fluorescentes compactas, e 50% menos que as de vapor de sódio, comumente utilizada na iluminação das cidades. Só a troca dos 5 milhões de pontos de iluminação pública com lâmpadas a vapor de mercúrio por luminárias com LEDs traria uma economia de cerca de 70% da energia elétrica consumida.
Segundo Roizenblatt , a iluminação pública consome 3,5% da energia elétrica do país e a mudança traria uma economia de 0,8% ou 3,7 terawatts/hora ano, algo como R$ 440 milhões/ano.
Essa não é a primeira iniciativa nesse sentido. Existe na Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL 6493/2013) que torna obrigatório o uso de lâmpadas LED na iluminação de prédios públicos federais. O projeto, entretanto, está arquivado pois, o autor, Major Fábio (PROS-PB), não foi reeleito.
Mas algumas prefeituras se anteciparam à lei, como a de Corupá (SC), que finalizou em novembro a modernização da iluminação urbana, trocando as lâmpadas de vapor de sódio nas principais vias do Centro por luminárias com tecnologia LED. Com isso, o município terá economia de 56% no consumo de energia elétrica. Desenhado pela prefeitura, o projeto recebeu investimento de R$ 800 mil.
A próxima a receber um projeto semelhante é São Luiz do Paraitinga (SP). No dia 23 começa a substituição da iluminação. Ela é a primeira cidade beneficiada pelo Projeto Cidade Inteligente da Elektro, distribuidora da energia. A cidade vai instalar 120 pontos de luminárias LED, que vão reduzir o consumo de energia em 50%
Setor corporativo busca mais redução de custo
“Cada vez mais empresas correm atrás da eficiência energética para reduzir custos”, diz Ricardo Cricci, diretor executivo da Celena, empresa que faz projetos de eficiência energética. A procura corporativa por projetos de gestão em iluminação aumentou em 50% na companhia neste começo de ano, especialmente após o reajuste da tarifa de energia. A expectativa da empresa é crescer 100% até dezembro.
Ele explica que a simples troca da iluminação incandescente por LED pode eliminar o efeito do aumento da energia (estimado em 45,7% para indústria e comércio) e ainda propiciar uma redução de custo de até 25%. “No caso da troca de lâmpada fluorescente por LED, o impacto previsto é de manter o gasto, como se não houvesse reajuste”, afirma Cricc.
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